O som de fundo redivive outros
quando se entra no lagar.
Dona Gracinda funileira
dá experiências à nora
chora a água que dela
não jorra.
Ouvindo um além no estar prensando
pensando que a cotovia era um poeta
abriu-lhe a porta,
ela não entrou nem fugiu, bailou versátil
poisou-se em quadrilátero de pedra.
Depois de debicar água permitiu-se uma sarabanda
à volta da lareira
atada a uma meia de vidro
que Gracinda assimilou como folha de Flandres
estalou no fogo
Vaporizou-se o lagar de um longo nevoeiro
líquido, dissipado em estampa
nos vidros das janelas.
Aurelino Costa
quando se entra no lagar.
Dona Gracinda funileira
dá experiências à nora
chora a água que dela
não jorra.
pensando que a cotovia era um poeta
abriu-lhe a porta,
ela não entrou nem fugiu, bailou versátil
poisou-se em quadrilátero de pedra.
à volta da lareira
atada a uma meia de vidro
que Gracinda assimilou como folha de Flandres
líquido, dissipado em estampa
nos vidros das janelas.