rosto que olha
devorado por seu diante.
escama solta
vai a sarda direcionada
ao encontro da réplica de si,
musical, assobioma
resiste em alto peregrino
alcofa de ser e pilha
omissa luz do latíbulo.
Gamizado Jano, intermitentes figuras
póstumo postal antigo de duas faces
aplicação caracol, pulga, percevejo
Mente indo oculta
serpente, tripa e tela
meandrando as plataformas de memória
uma fé em foz no passadiço
queratinizado, aperto e pressão evaporada
na ausência cristal.
Ofertai da saliva o gosto
sem insurgir o que do sovaco
se esconde na ciência abrupta
de seus pelos.
Mostrai compaixão pelo remédio
das sibilas de alta ciência,
dilatórias, enfezadas
pelos castigos, círios eletrónicos no estonteio
em todos os ses, em todas as sés
deste porrajmos, deste holocausto.
Deixai a mércia. Deixai a venda.
Está tudo cego.
Aurelino Costa