mulher óssea, essencial
incendeio das rolas
maxime da prostração
ó amantíssima do teu futuro
ó suicida
na tua voz de branco em chamas
ardem as vaginas das impronunciadas
voa-te o vestido sem que se levante
a seda e a transparência do mistério
aberto nos teus olhos
sem pupila
radiantes de transe
beijo-te as mãos estranhas de deusa
que equilibras no frágil ar
na pequena cena de luz
no interior do osso, do estalo
Ali, Maite, alimenta-me
a morte quero-te
para não seres minha
alberto augusto miranda