02 setembro, 2013

olheamento

  
Trouxeste o mel à vila, deixaste o morby dick sem deriva. A fina alça desfaz a teoria negreira do quadrado azul, é outro cereal. Não acorda o esplendor erótico do dragão, é a Queda ótica que inaugura todo o Ensaio.
 
Não miras na água replicativa. Nenhuma imagem dá a conhecer a direção do olheamento. Levanta-se um vapor de melancolias dessa panela-bisonte. Passam barcos que não atracam, escondes os artelhos para preservar o nó.
 
Os cântaros com a estampa da atualização continuam refratários à arqueologia laboratorial. O intenso rumor da tua ossatura vai espargir um champolion com ascendência magrebina. As mãos, em contínuo, correm o cosmos de abrir. A porta dupla de ferro é um império de papel e imago. Ouve-se a desaparecer sempre que os olhos não trabalham.


alberto augusto miranda