24 maio, 2025

Gaza, os senhores do genocídio


Jerusalém - 22 maio 2025 - 10:53 CEST

El primer ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, admitió el miércoles que su Gobierno permitió que se transfirieran fondos desde Qatar a la milicia islamista Hamás en Gaza. En una rueda de prensa nacional retransmitida por Internet, Netanyahu rechazó, sin embargo, que ese dinero fuera el responsable del ataque cometido por el grupo armado palestino el 7 de octubre de 2023 que desató la actual ofensiva israelí sobre la Franja.

“La política que condujo a permitir a Qatar transferir dinero a Gaza fue aceptada por unanimidad por el gabinete de seguridad”, dijo el mandatario sobre la decisión adoptada en 2018.

En una primera versión de las palabras de Netanyahu recogidas por Efe, la agencia señalaba que esa transferencia de dinero pretendía “mantener a los islamistas y a la Autoridad Nacional Palestina, que administra Cisjordania, divididas”. La información atribuía al primer ministro israelí estas palabras: “¿Por qué se hizo? Porque queríamos mantener divididos a Hamás y a la ANP”. 

Según recoge la prensa israelí, el primer ministro señaló, además, que se aprobó la transferencia de dinero por recomendación de los servicios de inteligencia Shin Bet y Mosad.

Una investigación precisamente del Shin Bet destapó el pasado marzo que Qatar enviaba unos 30 millones de dólares mensuales a Gaza y que ese dinero acababa en manos del brazo armado de Hamás, con el beneplácito de los gobiernos de Netanyahu. Este llegó a decir en noviembre de 2023 que las acusaciones de que estaba permitiendo la financiación de los islamistas eran “ridículas”.

En la comparecencia del miércoles, Netanyahu se defendió también de las críticas por su posible implicación en otro escándalo relacionado con Qatar, el llamado Qatargate, en el que la justicia israelí investiga los presuntos pagos recibidos por Israel a cambio de difundir historias favorables al país árabe entre la prensa israelí. Netanyahu aseguró que no recibió “ni un solo séquel [la moneda israelí]” de Qatar.

“Esto es una gran mentira. Quieren insinuar que yo recibí algo. Escuché incluso a alguien decir que recibí una fortuna de Qatar. No recibí ni un solo séquel. Quien lo dijo ya fue demandado, y quien lo vuelva a decir será demandado”, afirmó. El primer ministro declaró el pasado marzo como testigo en el marco de esta investigación, tras el arresto de sus asesores Eli Feldstein y Yonathan Urich.

 

Agência EFE


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu na quarta-feira que o seu governo permitiu que se transferissem fundos do Qatar para a milícia islamita Hamas em Gaza. Numa conferência de imprensa nacional retransmitida pela internet, Netanyahu negou, no entanto, que esse dinheiro fosse o responsável pelo ataque cometido pelo grupo armado palestino em 7 de outubro de 2023 que desencadeou a atual ofensiva israelita na Faixa.

"A política que levou à permissão de que o Qatar transferisse dinheiro para Gaza foi aprovada por unanimidade pelo gabinete de segurança", disse o presidente sobre a decisão tomada em 2018.

Numa primeira versão das palavras de Netanyahu recolhidas pela Efe, a agência assinalava que essa transferência de dinheiro pretendia "manter divididos os islamitas e a Autoridade Nacional Palestiniana, que administra a Cisjordânia, ". A informação atribuía ao primeiro-ministro israelita estas palavras: "Por que foi feito? Porque queríamos manter o Hamas e a ANP divididos". 

De acordo com a imprensa israelita o primeiro-ministro também disse que a transferência de dinheiro foi aprovada por recomendação dos serviços secretos Shin Bet e Mossad.

Uma investigação do próprio Shin Bet descobriu em março passado que o Qatar enviava cerca de 30 milhões de dólares por mês para Gaza e que esse dinheiro acabava nas mãos do braço armado do Hamas, com a aprovação dos governos de Netanyahu. Ele chegou a dizer em novembro de 2023 que as acusações de que estava a permitir o financiamento dos islamistas eram "ridículas".

Na audiência de quarta-feira, Netanyahu também se defendeu das críticas pelo seu possível envolvimento noutro escândalo relacionado com o Qatar, o chamado Qatargate, onde a justiça israelita investiga supostos pagamentos recebidos por Israel em troca de divulgar histórias favoráveis ao país árabe entre a imprensa israelita. Netanyahu garantiu que não recebeu "nem um único shekel [a moeda israelita]" do Qatar.

"Isso é uma grande mentira. Querem insinuar que recebi algo. Ouvi até alguém dizer que recebi uma fortuna do Qatar. Eu não recebi um único shekel. Quem disse isso já foi processado, e quem voltar a dizer isso será processado", afirmou. O primeiro-ministro prestou declarações em março passado como testemunha no âmbito desta investigação, após a prisão dos seus assessores Eli Feldstein e Yonathan Urich.