14 dezembro, 2006

workshops


não fiz workshops de domadora, sou o colo da sombra, no parentesco com uma ninive apartamentada, revivo sem êxtase as cólicas do mel, habitat meu, cela linfática prolongada da placenta, sou o que resta do book, sou bookarest.
 
pergunto às maquinarias, como corifeu em solilóquio: que novo? onde fazer deste resto o início de outra coisa? as maquinarias, sem terem ainda conseguido a sua personagem revelactora, limitam-se - contradizendo a sua propaganda nos outdoors: "Não Há Limites!" - a reproduzir-me.
 
encarregada de respirar, co-laboro com o invisível, o irrefragável, o inapropriável.
fora, tudo se resume a um quadro, a uma esquadria de vontades telecomandadas.
 
sim, queria que viesses muito depressa e não fosses príncipe, fosses o técnico reparador da minha sombra e a tratasses com conhecimento histórico, tivesses uma presença de flor e gato, não me comesses.
 
alberto augusto miranda