Dois animais esplanejam os labirintos para o ar duo tempo. Molham-se de rezes nas suas eco-acústicas sem minério larvar. Por cada sintaxe posta exibem involuntariamente o bairro e a televisão. Vêem passar um gadget empinado, em desteeno. São sonhados pelos códigos de Murça e pelo tele-heroismo do jogo de termópilas. Jogam às ficções do fim-de-semana como se fossem memórias. Deixam gaseificar a palavra para se introduzirem o esmero.
Um deles anota, excreta também para o papel. O outro resiste à mimesis 201 e mantém-se ao lado da segmentação da fala.
É terrível vesti-los de cidadãos, de quotas especulares, de condutores de berços.
Ejetam-se, ao desvio, como mariluces de envelhecidas zarzuelas, gorgolejam o fator social como um twist em noites onde a carga grupal é organizada como escape das turbinas de exclusão.
Um enorme domingo contínuo, a roda gigante parada há décadas no mesmo item de perspetiva. É nessa paragem que o aéreo é inflado pelo megafone dos patronos: “Temos de andar! Temos de andar!”
Um pequeno susto de 11kg dorme numa das plataformas da rodagem. Pelo seu corpo são entradas todas as propaganzas que esterilizam o leite próprio. A mãe canta durante esse embalo, nessa embalagem. O permanente grito das faíscas eletrónicas oclui o seio da diferença, o aparelhamento da reza em casa se inicia.
Os toiros formigões acendem as lamparinas do suor e do escasso. Nesta televisão ao ar livre, cada um mija no sobreiro menos incandescente. São farturas do inexpressável e do cerco. As sangrias miserabundas jazem em disfarce nas serras russas ou nos planaltos mirandeses. Nos carrinhos-de-choque, os leitores folheiam a história em serpentina. Crescem os vídeos domésticos e a domesticidade dos empunhantes.
No logradoiro tudo renuncia às gramáticas do existente, do dexistente e do rexistente. Por um dia a Bíblia no terreiro se cumpre: é pó.
Os dois animais permanecem em terapia, escrevem e falam do interior da cegueira em vapor sináptico. Um deles superega-se em saudade paquistã. O outro, o que excretava, deslindou finalmente a árvore onde subir: não para ver o mundo, antes para não ser visto. Era um plátano, uma árvore de platina.
Um deles anota, excreta também para o papel. O outro resiste à mimesis 201 e mantém-se ao lado da segmentação da fala.
É terrível vesti-los de cidadãos, de quotas especulares, de condutores de berços.
Ejetam-se, ao desvio, como mariluces de envelhecidas zarzuelas, gorgolejam o fator social como um twist em noites onde a carga grupal é organizada como escape das turbinas de exclusão.
Um enorme domingo contínuo, a roda gigante parada há décadas no mesmo item de perspetiva. É nessa paragem que o aéreo é inflado pelo megafone dos patronos: “Temos de andar! Temos de andar!”
Um pequeno susto de 11kg dorme numa das plataformas da rodagem. Pelo seu corpo são entradas todas as propaganzas que esterilizam o leite próprio. A mãe canta durante esse embalo, nessa embalagem. O permanente grito das faíscas eletrónicas oclui o seio da diferença, o aparelhamento da reza em casa se inicia.
Os toiros formigões acendem as lamparinas do suor e do escasso. Nesta televisão ao ar livre, cada um mija no sobreiro menos incandescente. São farturas do inexpressável e do cerco. As sangrias miserabundas jazem em disfarce nas serras russas ou nos planaltos mirandeses. Nos carrinhos-de-choque, os leitores folheiam a história em serpentina. Crescem os vídeos domésticos e a domesticidade dos empunhantes.
No logradoiro tudo renuncia às gramáticas do existente, do dexistente e do rexistente. Por um dia a Bíblia no terreiro se cumpre: é pó.
Os dois animais permanecem em terapia, escrevem e falam do interior da cegueira em vapor sináptico. Um deles superega-se em saudade paquistã. O outro, o que excretava, deslindou finalmente a árvore onde subir: não para ver o mundo, antes para não ser visto. Era um plátano, uma árvore de platina.
alberto augusto miranda